Se “Conclave” tivesse sido lançado uns meses mais tarde — em Portugal estreou-se a 7 de novembro —, teria sido alvo de várias teorias da conspiração. Afinal, o filme nomeado a oito Óscares, protagonizado por Ralph Fiennes, retrata o que vai acontecer no Vaticano daqui a algumas semanas, no seguimento da morte do Papa Francisco, a 21 de abril.
Conclave é o nome do processo altamente secreto em que os cardeais da Igreja Católica se reúnem para eleger um novo Papa, normalmente após a morte ou renúncia do anterior. Na verdade, a própria palavra do acontecimento reflete o seu secretismo, já que vem do latim “cum clave”, que significa “com chave”.
Isto porque, durante as eleições, os cardeais se isolam num local fechado. Atualmente é a Capela Sistina, no Vaticano. Durante vários dias, permanecem longe do mundo exterior, sem acesso a meios de comunicação, para garantir que a eleição decorra de forma livre e sem influências externas. Quando a reunião chega ao fim, o novo Papa é apresentado ao mundo.
Este é um processo secular e, naturalmente, já inspirou várias séries e filmes. “Conclave”, realizado por Edward Berger, é o exemplo mais recente, mas há outros casos populares, tal como “Anjos e Demónios”, adaptação cinematográfica do livro com o mesmo nome, escrito por Dan Brown.
Esta é uma sequela do fenómeno “O Código Da Vinci”, romance do mesmo autor. O filme volta a contar com Tom Hanks no papel do simbologista Robert Langdon, que desta vez se vê envolvido numa corrida contra o tempo para impedir um atentado de grandes proporções no coração do Vaticano.
A história começa com a morte do Papa e a preparação do conclave para eleger o novo líder. Entretanto, quatro cardeais são raptados e uma misteriosa organização secreta — os Illuminati — assume a responsabilidade, ameaçando matar um cardeal por hora e, por fim, destruir o Vaticano. O objetivo de Langdon é, claro, impedir que isto aconteça.
Carregue na galeria e conheça outros filmes e séries que lhe mostram os bastidores do conclave.
