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8 filmes e séries que imaginaram o caos de um mundo sem eletricidade

Estas produções mostram como seria a vida sem energia — e o cenário não é bonito.
Às vezes, a realidade aproxima-se da ficção.

Esta segunda-feira, 28 de abril, os portugueses viveram um cenário que até então só se tinha visto nos filmes. Já todos ficámos sem luz em casa, mas poucos viveram a experiência de passar mais de 10 horas sem eletricidade – e durante várias horas, a perspetiva de que regressasse em breve foi-se tornando mais reduzida.

Sem eletricidade, com os transportes comprometidos e os hospitais a funcionar com geradores de emergência, foram muitos os que se recordaram de cenários de Hollywood, de planícies áridas, sociedades destruídas e mundos distópicos.

Além de “Dia Zero”, que estreou a 20 de fevereiro na Netflix e onde um ciberataque cuidadosamente planeado neutraliza as infraestruturas essenciais dos Estados Unidos e deixa o país à beira do colapso, existem outras obras em que os protagonistas enfrentaram apagões.

No segundo capítulo da saga “Planeta dos Macacos”, realizado em 2014 por Matt Reeves, a história mostra como César, interpretado por Andy Serkis, se transforma num dos maiores inimigos da Humanidade, na liderança de um grupo de primatas inteligentes. O líder vive em paz com a sua comunidade numa floresta próxima de San Francisco, quando os humanos, a braços com um apagão, decidem invadir a floresta para reativar uma central elétrica. A invasão dá origem a uma revolta dos primatas, que lutam para proteger “a sua terra”.

No ano seguinte, o filme de Patricia Rozema, “Na Escuridão da Floresta”, retrata duas irmãs, interpretadas por Elliot Page e Evan Rachel Wood, que se refugiam numa floresta isolada para sobreviver à escuridão em que o mundo mergulhou, após um apagão. Nell e Eva percebem que o mundo está à beira do fim e enfrentam diferentes adversidades como intrusos, doenças, solidão e fome.

Este tipo de cenário está muito longe de ser um exclusivo das produções mais recentes. Em 1995, “Waterworld” chegava aos cinemas com o rótulo do filme mais caro de sempre, com um orçamento de 147 milhões de euros. Protagonizado por Kevin Costner, o projeto retrata um futuro pós-apocalíptico, onde o derreter dos glaciares fez subir o nível da água em mais de sete quilómetros. As alterações climáticas deram origem a mutantes capazes de respirar debaixo de água. Mariner, a personagem de Costner, possuía essa capacidade e carregava um mapa tatuado que o guiava até terra firme.

Dois anos depois, em 1997, Kevin Costner voltou a explorar o género apocalíptico em “O Mensageiro”. O filme retrata um mundo desolado após uma guerra brutal que devastou a civilização. O protagonista encontra um veículo dos correios e começa a entregar correspondência antiga, tornando-se o Mensageiro que leva esperança e motivação aos sobreviventes.

Talvez o mais famoso de todos os cenários áridos e sem energia é o de “Mad Max” — a saga épica realizada por George Miller e que se estreou em 1979 — mostra um futuro onde os recursos de petróleo se esgotaram. Como consequência, o mundo mergulha num cenário de guerra, fome e caos financeiro. Max, um polícia desesperado após a morte da mulher e dos filhos, inicia uma vingança contra o gangue que destruiu a sua família.

Mais recentemente, em 2009, estreou “A Estrada”, uma produção de John Hillcoat. O filme retrata uma América sombria e cinzenta após uma catástrofe que arrasou a sociedade, que sobrevive agora sem energia. Seguimos a jornada de um homem e do seu filho, que tentam sobreviver enquanto evitam gangues de humanos selvagens que os querem escravizar. Ou pior.

Este cenário de colapso também já foi explorado na série “Revolution”, criada por Eric Kripke e realizada por J.J. Abrams. O drama apocalíptico, exibido pela NBC entre 2012 e 2014, retrata um universo onde a eletricidade desapareceu misteriosamente. A série acompanha um grupo de personagens que luta para sobreviver num mundo sem energia.

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