5 de julho de 1975. Foi neste dia que Cabo Verde declarou a sua independência. Meio século depois, os cidadãos cabo-verdianos festejam na Amadora os 50 anos da separação de Portugal com uma Tarde Cultural na Buraca, freguesia das Águas Livres.
Inserida na Feira da Primavera, que decorre entre 24 e 27 deste mês, a festa africana acontece no sábado, 26, e é organizada pela Comissão do 50.º aniversário da efeméride. Vai haver danças tradicionais e gastronomia típica — com destaque para a cachupa, que será oferecida ao público.
“A junta sabia que nós estávamos a pensar organizar uma grande festa para o dia 5 de julho e convidou-nos para fazermos esta tarde cultural no dia 26 e nós abraçámos logo a ideia com as duas mãos, porque todas as oportunidades para mostrarmos a cultura de Cabo Verde são boas”, conta à New in Amadora Ana Luísa Rosa, membro da comissão organizadora.
Momento alto, para lá das atuações musicais, é o almoço de cachupa, que “será confeccionado por duas cozinheiras cabo-verdianas que vêm especialmente fazer o prato típico”. Ana Luísa afirma que a organização está à espera de cerca de 350 pessoas para o almoço. “Vão ter de ser feitos dois grandes panelões de cachupa, seguramente”, brinca.
Concerto com Calú Moreira
A festa começa cedo, logo às 11 horas, com a celebração do Kolá San Jon, manifestação cultural reconhecida como Património Imaterial de Portugal. O desfile arranca no alto da Cova da Moura e desce até ao Jardim dos Aromas, acompanhado com tambores e cantos que convidam à participação popular.

Numa tarde com atuações de Katuta Branca (Funaná), African United (Dança), Grupo Performance (que participou na edição deste ano do Got Talent Portugal), Finka Pé (Batucadeiras), Janise da Silva, Calú Santos e Eliana Rosa, a grande atração será Calú Moreira, uma referência da música cabo-verdiana, que vai atuar às 17h30.
A festa contará ainda com a animação do DJ Lucky, que acompanhará o momento do almoço com sons das ilhas.
Segundo várias fontes cruzadas pela New in Amadora, estima-se que o número de cabo-verdianos a morar no concelho varie entre os sete e os oito mil, sendo a terceira maior comunidade imigrante na Amadora, a seguir a brasileiros e angolanos. Por outro lado, o concelho é o território português onde se a concentra a maior comunidade de naturais de Cabo Verde.