Ao contrário do que muitos portugueses possam pensar, a Amadora não é apenas uma cidade-dormitório — como provam os monumentos e equipamentos culturais da cidade — e que merecem uma visita. A Casa Roque Gameiro, classificada como Monumento de Interesse Público, é um desses equipamentos culturais, que abre as portas na quarta-feira, 16 de abril, para uma visita orientada. Ou seja, acompanhada por um técnico que explicará a riqueza patrimonial, arquitetónica e artista do imóvel, entre as 15h30 e as 16h30.
Desta vez, a visita é gratuita, uma vez que acontece no âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se assinala a 18 de abril.
A Casa Roque Gameiro foi construída freguesia da Venteira entre 1898 e 1901. Esta moradia foi residência do pintor aguarelista Alfredo Roque Gameiro e da sua família.
“Casa Roque Gameiro tem grande valor patrimonial”
A arquitetura e a decoração da Casa Roque Gameiro remetem para o conceito de “casa portuguesa” e tem “um grande valor patrimonial e arquitetónico”, explica à New in Amadora, a chefe de divisão de Intervenção Cultural da Câmara da Amadora.
“Esta casa está ligada a três grandes artistas, o que reforça a sua importância. Em primeiro lugar, ao Roque Gameiro, que a mandou construir no final do século XIX e que ali viveu com a família. Em segundo lugar, ao Rafael Bordallo Pinheiro, que foi ao auto dos painéis de azulejos e das composições cerâmicas que decoram a casa e que lhe dão um valor inestimável. E, finalmente, ao Raúl Lino, grande arquiteto que foi o autor da ampliação da casa em 1900, a pedido de Roque Gameiro”, conta Ângela Rodrigues.

A responsável recorda que autarquia desenvolve “uma série de iniciativas e de exposição normalmente à volta destes nomes e famílias”. “Dinamizamos exposições, palestras, visitas, workshops, mesas redondas e temos nos jardins, que também podem ser visitados, peças de cerâmica da Fábrica de Faiança das Caldas da Rainha, que replicam as peças de Bordallo Pinheiro.
Apesar de a entrada ser gratuita, é necessária inscrição prévia, por razões logísticas, para o email (museu@nullcm-amadora.pt) ou por telefone (214 369 090).