Mário Soares. Um nome conhecido por todos os portugueses, e especialmente associado ao caminho que se percorreu para o fim do Estado Novo. A luta pela implementação da democracia levou-o aos mais altos cargos da política portuguesa, como Primeiro-Ministro e, depois, como Presidente da República.
No início de dezembro passado, assinalaram-se 100 anos do seu nascimento e no dia 7 deste mês completam-se oito anos da sua morte. Em celebração do seu centenário, a Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, na Amadora, tem patente uma exposição virtual onde pode conhecer parte da sua vida.
Pode conhecer a mostra desde esta sexta-feira, dia 3, até segunda-feira, 6 de janeiro. A entrada é gratuita e a exploração dos conteúdos é feita através de uma mesa tátil, situada no piso 0 do espaço.
“Explore momentos marcantes da sua trajetória política e pessoal, através de uma cronologia e uma bibliografia com as suas principais obras. A exposição inclui também cartas pessoais e artigos de jornais que revelam o impacto de Mário Soares em Portugal e no mundo. Destacamos ainda a bibliografia autografada, com livros assinados por Mário Soares, oferecendo um toque pessoal e único”, explica a organização.
Mário Soares nasceu a 7 de dezembro de 1924, em Lisboa. Licenciou-se em Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, seguindo-se a licenciatura em Direito, pela mesma faculdade, em 1957. Casou com Maria de Jesus Simões Barroso, em 1949, tiveram dois filhos e cinco netos. A partir de 1957, começa a exercer a profissão de advogado, principalmente na defesa dos presos políticos.
O percurso na política é marcado pela presença em vários movimentos e comissões, além de ser uma das vozes mais ativas na defesa da democracia. Foi membro do PCP (Partido Comunista Português), mas, em 1952, cria uma alternativa de esquerda não comunista: a Resistência Republicana. Acumulou, ao longo dos anos, funções como escritor, redator e jornalista. Foi ainda um dos fundadores do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973.
A acumular aos cargos na política, foi eleito como Presidente da República em 1986, “nas eleições presidenciais mais disputadas da história da democracia portuguesa”, revela o site do Museu da Presidência da República.
Já que estamos a falar de cultura, carregue na galeria para conhecer diferentes espaços culturais do concelho.