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TikTok apagou mais de meio milhão de conteúdos com mensagens tóxicas sobre perda de peso

A rede social decidiu agir contra práticas pouco saudáveis que eram partilhadas na plataforma através da hashtag "#SkinnyTok".
Cuidado com o que vê nas redes sociais.

Entre benefícios e desvantagens, conseguimos criar uma extensa lista quando o tema são redes sociais. Se, por um lado, encontramos pessoas que nos inspiram a levar uma vida mais saudável, a praticar certa modalidade desportiva ou a experimentar receitas menos calóricas, as fotografias e vídeos consumidos nestas plataformas podem também ser um veneno para quem luta pela perda de peso. 

No TikTok, por exemplo, há milhares de imagens que mostram corpos com magreza extrema a serem apontados como expoente máximo da beleza, com padrões inatingíveis para muitos. Esse fenómeno ficou conhecido como “Skinny Tok” (que significa escanzelado, em português), que reunia milhares de vídeos a promover métodos prejudiciais para a perda de peso.

Para combater esta cultura da magreza extrema, que pode causar distúrbios alimentares e ser problemática, especialmente para as utilizadores mais jovens, o TikTok decidiu tomar medidas: removeu mais de meio milhão de conteúdos relacionados com esta temática.

Agora, quando entrar na rede social, ao escrever a hashtag “#Skinnytok” será direcionado para uma página que oferece ajuda e explica o que são distúrbios ou perturbações alimentares, incluindo conteúdos ligados à saúde mental.

Numa investigação conduzida por reguladores europeus e franceses, foram descobertos meio milhão de vídeos onde havia uma promoção de práticas extremas para perder peso, o que levou a uma influência negativa no estado mental da sua população mais jovem.

“Bloqueámos os resultados de pesquisa para ‘#SkinnyTok’ desde que ficou associado a conteúdo de perda de peso não saudável”, Paolo Ganino, porta-voz da rede social, ao “The Economic Times”.

A famosa hashtag (#) é maioritariamente virada para o público feminino, recomendando dietas pouco saudáveis. Muitas das mensagens passavam até um sentimento de culpa e vergonha. Em algumas podia ler-se “não és feia, apenas és gorda”.

Outras usavam a Inteligência Artificial chegar à imagem de um “corpo ideal” , conta a nutricionista Lea Tourain ao mesmo jornal. “Acho isso muito perigoso e assusta porque está tornar-se, cada vez mais, moda. Raparigas jovens a perguntarem como é que podem ter o mesmo corpo. É muito preocupante”, diz.

A proteção de miúdos online está a tornar-se um tema polémico para a Comissão Europeia, em Bruxelas, à medida que os países consideram propostas de novas regras da União Europeia para restringir o uso de redes socias aos mais novos. 

Esta medida surge após a União Europeia ter realizado uma investigação aos algoritmos do TikTok

Esta medida vem no seguimento de uma investigação feita pela União Europeia, desde fevereiro de 2024, ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais, sobre os algoritmos do TikTok, de forma a responsabilizar plataformas do género pelo conteúdo que partilham.

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