A crise habitacional, que é um fenómeno global e não apenas português — embora “com o mal dos outros possamos nós bem” — criou nos últimos anos um verdadeiro drama social, com muitas famílias a viverem em carência habitacional, não tendo condições nem para comprar nem para arrendar casas.
O aumento generalizado dos preços faz com que, em muitos casos, famílias de três e quatro pessoas partilhem um quarto ou um anexo, sem um mínimo de condições de conforto e privacidade. São muitas as medidas e os documentos legais que têm vindo a ser aprovados nos últimos anos, quer a nível nacional, quer a nível local, mas a situação está longe de estar controlada. E cada medida conta.
A Câmara Municipal da Amadora quer comprar apartamentos T1 e T2 na área geográfica do município, que estejam no mercado em condições de habitabilidade, para reforçar o parque habitacional de arrendamento, ao abrigo do Programa 1.º Direito.
“O objetivo desta Consulta Pública que estamos a realizar ao mercado é, em articulação com outros instrumentos de política local, ajudar a resolver problemas que estão identificados e procurar dar mais uma resposta às famílias que vivem em situação de carência habitacional”, disse à New in Amadora o presidente da Câmara Municipal.
Vítor Ferreira concretiza que “são famílias que não têm condições para ir ao mercado privado e a autarquia quer, com esta iniciativa, promover a inclusão social e territorial”.
As casas que a autarquia quer adquirir são T1, com área bruta variável entre os 52 e os 73 metros quadrados, e um valor máximo de 175.930€, e tipologias T2, com áreas brutas entre os 72 e os 95 metros quadrados e preço máximo de 228.950€.
Os interessados podem apresentar as suas propostas até às 17 horas do dia 5 de maio e todos os pedidos de esclarecimento até lá podem ser efetuados por email (dhru@nullcm-amadora.pt).