LET'S ROCKMelhorar o campo de jogos de uma escola, promover uma horta escolar, aquisição de novas tendas de campismo para os escuteiros, melhorar o pátio da psiquiatria do Hospital Fernando da Fonseca, aquisição de novos tapetes de judo e ajudar a causa animal. Estas são algumas das 16 ideias finalistas na Amadora, do projeto “Bairro Feliz”, que procura reforçar o sentimento de comunidade e boa vizinhança.
Ao todo, estão a votação projetos das 467 lojas Pingo Doce de Portugal Continental e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Até 15 de novembro, cada loja terá duas causas locais a votação — e são os clientes que escolhem a vencedora, à qual o Pingo Doce atribui um apoio de até 1.000€ para ser concretizada.
As causas da Amadora, que conta com 8 lojas da cadeia de retalho do grupo Jerónimo Martins, foram apresentadas esta quinta-feira, 16, no Pingo Doce da Venda Nova, um dos mais recentes do país.
Como aconteceu nos anos anteriores, os clientes encontram dois mealheiros à entrada da loja, onde podem inserir uma ficha na ideia que acham mais interessante e útil para a comunidade local.
Os projetos da Amadora
No supermercado da Colina do Sol estão em competição um projeto do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil da Brandoa — “aquisição de um fogão com forno, um micro-ondas e um frigorífico para a cozinha das instalações, promovendo o convívio e intercâmbio entre todos” — e do agrupamento de escolas de Alfornelos, que reivindica uma “intervenção nos campos de andebol, futsal e basquetebol que são em alcatrão, cheios de buracos e gravilha solta”. “Com a aquisição de revestimento liso de piso com tinta epóxi, conseguimos garantir boas condições de prática”, justificam os proponentes.
Na loja de Alfragide também há duas ideias vencedoras, mas só uma pode ganhar: “melhorar a horta escolar da Escola EB 2/3 Almeida Garrett, promovendo a educação ambiental, a sustentabilidade e o envolvimento da comunidade educativa. Pretende-se adquirir terra, composto, ferramentas, sementes, plantas, compostores e estruturas para os canteiros. A horta será um espaço funcional e pedagógico”, por um lado e, por outro, a “aquisição de novas tendas de campismo para o Agrupamento 412 de Alfragide, pois as atuais estão degradadas e já não são suficientes para todos os elementos”. Com este apoio, diz o agrupamento, “é possível garantir que mais crianças e jovens participem nos acampamentos com conforto e segurança”.
Na Reboleira, a saúde mental e a alimentação para os animais são as duas ideias finalistas. A primeira, proposta, da autoria do Hospital Amadora-Sintra, procura-se “revitalizar o pátio do serviço de internamento de psiquiatria do HFF e transformá-lo num espaço ao ar livre mais acolhedor, tranquilo e terapêutico”. Para tal, acrescenta a unidade de saúde, são necessários puffs, toldos e iluminação.
A outra ideia finalista da Reboleira é a ajuda para “a aquisição de bens alimentares para os animais à guarda da Associação Salvacão”. “Nesta fase, estamos a mudar de instalações, sendo necessária a aquisição de materiais de construção. Assim, é um período de grande esforço financeiro, em que a ajuda com alimentação para os nossos animais seria muito importante”, justifica a organização.
No Pingo Doce da Venda Nova, onde decorreu a cerimónia, os clientes terão de optar por uma das duas ideias finalistas: uma em nome da Cooptécnica Gustave Eiffel, que procura “adquirir material de limpeza para um projeto que visa estimular nos alunos comportamentos adequados e fomentar relações saudáveis com os vizinhos, com base no respeito e no espírito de interajuda”; e outra cuja proponente é a IJPF – Associação Instituto do Judo. “O nosso projeto visa adquirir novos tapetes para ampliar o acesso ao judo como ferramenta de inclusão social para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Assim, será possível aumentar o número de crianças, garantir um espaço seguro e adequado, estimular valores como respeito, disciplina e superação, e prevenir situações de risco social.”
Nos Moinhos da Funcheira vão ter de optar entre a ajuda dos vizinhos aos gatos vivem nas ruas, com fome, frio e sem cuidados. “Queremos mudar isso! Com a sua ajuda, pretendemos apoio para castrar, alimentar e abrigar gatos abandonados, construindo casinhas e distribuindo comida e água. Cada doação salva vidas e traz dignidade a quem só conhece o abandono”, justificam.
O outro projeto é da autoria da Conferência de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que procura “adquirir produtos alimentares, como cereais e farinhas lácteas para bebés; produtos de higiene, incluindo pastas dentífricas, sabonetes, cremes para bebés, fraldas para adultos e crianças; e detergentes para roupa e limpeza. Com o apoio concedido, será possível ajudar famílias carenciadas, por um bairro mais feliz.”
No Pingo Doce da Serra da Mira, o apoio da causa animal é a proposta da Tiarama. “Precisamos de apoios na aquisição de ração. Se esta candidatura for vencedora, estes cuidadores idosos poderão sossegar durante uns meses, sabendo que os “seus” animais não passarão fome.”
O Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires é outro dos finalistas da Serra da Mira. “Pretendemos adquirir conjuntos de obras que nos permitam criar Clubes de Leitura como espaços de encontro e interação, onde crianças e jovens possam melhorar as suas competências leitoras. Os Clubes de Leitura alicerçam o hábito de ler, fomentam o compromisso com o grupo.”
Na loja do centro da Amadora, integrada no Babilónia, os clientes terão de optar entre mochilas de emergência para salvar vidas, uma ideia da delegação da Amadora da Cruz Vermelha Portuguesa: “Estes equipamentos são essenciais para organizar o material clínico e garantir respostas mais rápidas, seguras e eficazes em situações urgentes. Com este apoio, os voluntários estarão mais bem preparados para prestar socorro à comunidade da Amadora em eventos e emergências”.
Já a Sta. Casa da Misericórdia da Amadora tem a outra ideia finalista: “Pretendemos adquirir novo mobiliário, equipamentos desportivos e materiais de papelaria para as valências do programa Aprender & Brincar, presente em várias escolas da Amadora, e, assim, proporcionar mais atividades para as crianças”.
Na loja Pingo Doce da Amadora, na Damaia, o projeto é do Centro Social 6 de Maio. Intitulado “Pontes digitais”, pretende adquirir dois computadores para criar um espaço de aprendizagem digital acessível a pessoas em situação vulnerável. “Com estas ferramentas, será possível oferecer formações práticas em competências digitais, promover a inclusão social e abrir portas para novas oportunidades.”
Em competição com esta ideia, a proposta da Associação de Solidariedade Social do Alto Cova da Moura pretende “criar um parque infantil para os miúdos poderem brincar livremente e com segurança”. “Para tal, pretendemos adquirir um baloiço duplo, um conjunto de baloiço e escorrega, um trampolim e materiais de construção para os pavimentos interior e exterior. O ‘Parque encantado’ trará benefícios significativos para esta e futuras gerações, para promover o desenvolvimento integral dos mais novos.”
Investimento global de dois milhões de euros
“O Bairro Feliz tem mostrado, ano após ano, que quando damos voz às pessoas, surgem ideias com impacto real na vida de todos. Esta nova edição, com quase mil causas em votação nacionalmente, reflete a diversidade dos nossos bairros e continua a estimular uma cidadania ativa, onde cada voto é um passo para transformar a comunidade”, sublinha Filipa Pimentel, Diretora de Desenvolvimento Sustentável e Impacto Local do Pingo Doce.
No total das cinco edições, o Bairro Feliz já apoiou 1.950 causas, o que representa um investimento do Pingo Doce de aproximadamente dois milhões de euros no apoio às comunidades envolventes das suas lojas, dando resposta a situações e necessidades específicas de cada bairro, nas áreas de saúde, bem-estar e desporto, apoio social e cidadania, cultura e património, turismo e lazer, educação, ambiente e causa animal.
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