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E se houver um sismo na Amadora? Jovens alunos passaram no teste e não tremeram

Simulacro decorreu na EB1 Padre Himalaia, na Damaia, para ajudar os jovens a saber o que fazer em caso de catástrofe natural.
Os alunos colaboraram ativamente.

Na última semana e meia, a região de Lisboa foi sacudida por um sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter, com epicentro no Seixal, mais três réplicas de menor intensidade nos dias que se seguiram. Felizmente, e uma vez mais, sem impacto de maior na vida das populações, que sabem que, estando Portugal junto de uma falha tectónica, há probabilidades de uma catástrofe natural de maiores proporções, mesmo que não da mesma magnitude do sismo devastador de 1755.

E sempre que a terra treme, volta a pergunta: estaremos nós, de facto, preparados para um cenário desses? Ninguém sabe ao certo. A única certeza é que temos de continuar a investir na prevenção e na educação, a começar pelos mais novos, sendo que os sismos não são as únicas catástrofes naturais suscetíveis de acontecer.

Foi a pensar nisso que a Amadora foi palco, nesta terça-feira, 25 de fevereiro, de um exercício de evacuação da Escola Básica 1 Padre Himalaia, situada na Damaia, que contou com a colaboração cruzada de várias entidades: o Serviço Municipal de Proteção Civil, a Polícia Municipal, os Bombeiros Voluntários da Amadora, o Departamento de Educação e Desenvolvimento Sociocultural da autarquia, a Polícia de Segurança Pública e a delegação da Amadora da Cruz Vermelha Portuguesa.

“Esta articulação, esta partilha de informação, as correções que temos de fazer são da máxima importância para todos, porque é essencial prevenirmos e simularmos para numa situação de realidade, estarmos todos à altura — desde as escolas aos professores, passando pelos próprios assistentes operacionais, assim todas as entidades — e em perfeita articulação para que isto funcione e resulte numa prestação de salvaguarda de pessoas e bens, que é para isso que trabalhamos todos os dias”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Amadora, Vítor Ferreira, que acompanhou o exercício.

O simulacro foi considerado um sucesso por todas as entidades, que enalteceram o esforço, a colaboração e o sentido de responsabilidade dos jovens estudantes da escola. Até ao final do ano letivo, aliás, com o apoio dos agrupamentos escolares, vão ser dinamizados mais exercícios nas escolas, para aumentar a capacitação dos alunos, corpo técnico e docente no decorrer de uma eventual ação de emergência.

Para Tânia Moiteiro, técnica superior na divisão de Intervenção Educativa da autarquia, e coordenadora deste projeto em ligação com a proteção civil, “estas ações são fundamentais e têm vindo a registar uma grande evolução”. “É muito curioso perceber que as crianças e jovens já não encaram estes exercícios como uma brincadeira, como acontecia antigamente, mas já os levam a sério, revelando grande consciência. Isso tem a ver, naturalmente, com mais informação que têm sobre o assunto, através das redes sociais, por exemplo, mas também com o excelente trabalho que é feito pelos professores e coordenadores nas escolas”, disse à New in Amadora.

Já para o comandante da Proteção Civil municipal, Luís Carvalho, “a cooperação entre todas as partes tem sido essencial para o sucesso deste tipo de prevenção”. “É fundamental que estejamos cada vez mais sintonizados com a antecipação destes problemas, não só em caso de sismo, como por exemplo de incêndios”.

O responsável sublinhou à NiA que “as escolas são os primeiros pontos de impacto, porque, por mais rápida que seja a intervenção dos bombeiros ou da proteção civil, as escolas, os professores, os funcionários são as primeiras pessoas a terem que intervir para garantir a proteção das comunidades”.

Carregue na galeria e veja algumas imagens do exercício.

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