LET'S ROCKAgitada durante a época alta, um refúgio quando o tempo arrefece. Mas sempre apetecível. É uma das quintas mais referenciadas para casamentos e eventos, tal a beleza, calmaria e versatilidade do espaço. “Entre maio e meados de outubro, são raros os fins de semana que temos disponíveis, devido aos casamentos e das festas. Aliás, posso-lhe dizer que já temos a ocupação para 2026 muito composta”, conta à NiA Iolanda Correia, diretora-geral da Quinta da Abelheira, um agroturismo entre Mafra e a Ericeira, que pela A21 fica a meia hora da Amadora.
Agora que a temporada de casamentos acalmou, o empreendimento está disponível para alojamentos particulares, a partir da segunda metade de outubro. “Por exemplo, entrar na sexta-feira, 24, e sair no domingo, 26, é uma excelente opção para refúgio”, diz a responsável, acrescentando que “neste momento ainda há disponibilidades de quartos”.
Localizada no concelho de Mafra, no sopé de um dos vales verdejantes que caracterizam a zona envolvente, a quinta remonta a 1608, início do século XVII, quando o mercador Miguel Herman comprou os terrenos, que pertenceram posteriormente a outros donos, até que em 2013, a família Duarte-Silva adquiriu o terreno.
“A propriedade estava bastante degradada”, conta a diretora-geral. Depois de quase uma década em obras, a Quinta da Abelheira “é o pilar de um sonho de uma vida: um projeto familiar onde pudessem crescer os filhos e netos, desenvolver um projeto de Agricultura Biológica, um projeto de turismo e onde a paixão familiar pela arte, pela pintura portuguesa, estivesse presente”.
Refúgio ideal para quebrar a rotina
Classificada com nota máxima (10) no Booking, este agroturismo é um refúgio considerado soberbo pelos seus frequentadores. “Quando não temos eventos, que é mesmo o nosso core durante seis meses, é o espaço ideal para quebrar a rotina, para um fim de semana de fuga à agitação da cidade”, afirma a responsável.
A Quinta da Abelheira dispõe de quatro quartos duplos, espaçosos, com 26 metros quadrados e com uma particularidade. “Cada quarto é dedicado a um pintor português, com quadros originais e com catálogos sobre o pintor e o seu portefólio”.
Aliás, a arte, sobretudo a pintura, faz parte do ADN da Quinta da Abelheira. “Durante a sua estadia, poderá conhecer parte da coleção que esteve exposta no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian da ‘Obra Perdida’, de Emmerico Nunes, um dos pais do Modernismo em Portugal.”
Amadeo de Sousa Cardoso, Manuel D’Assumpção, Jorge Barradas, António Soares, Manuel Bentes, Almada Negreiros, Cristiano Cruz, Carlos Botelho, José Tagarro, Eduardo Luiz são alguns dos pintores que poderá desfrutar, quer no próprio quarto, quer na biblioteca.
“Cada quarto tem ar condicionado, varanda com vista para a piscina, wifi-grátis e outras comodidades, além de o alojamento incluir pequeno-almoço para dois, com pão artesanal e outros alimentos selecionados, produzidos biologicamente na quinta. Há ainda acesso ao ginásio e sala de jogos, acesso à piscina exterior e à biblioteca”, explica à NiA.
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Com mais de 40 hectares, seis dos quais já certificados como biológicos, e outras áreas em transição, foi intenção da família dos proprietários dar um passo em frente e transformar parte da terra biológica em agrofloresta, nomeadamente através da agricultura sintrópica.
Iolanda Correia sugere aos nossos leitores que explorem a quinta “com um passeio a pé nos magníficos percursos por entre os pomares, as hortas e a agrofloresta”.
O melhor, nesta segunda quinzena de outubro, será mesmo “descansar, aprofundar a vista, beber um copo de vinho junto à piscina, dar um mergulho, a se a temperatura ainda convidar, ou ficar a ler e a ver os quadros da biblioteca”, considerada a sala principal do alojamento.
Os hóspedes têm ainda à disposição bicicletas para conhecer as imediações e outras experiências que podem ser requisitadas na receção. O quarto duplo, com pequeno-almoço incluído, acesso à piscina e a ginásio, custa 255€ por noite.
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